quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

[Review] Kamen Rider Fourze


    Oi, oi, oi, galerinha linda do Planet Satsus, tudo bem com vocês?
    Como já devem ter percebido, eu estou de volta e agora é definitivo! Sei que eu sumi por tempo demais, sei que estive desaparecida e tudo, mas tive razões bem fortes. Uma delas que eu ando colaborando em outro blog, só que voltado para a literatura, já que quem me conhece sabe que eu amo livros mais que tudo.
    Cá estou para enfim, após só postar fanfics e resenhas literárias, falar sobre a temática do blog: os tokusatsus.

    Meu foco, nesse post, vai para um Kamen Rider que se tornou o querido do meu coração por um motivo bem simples: ele muito me ajudou quando eu mais precisava recuperar a fé na humanidade que eu tinha perdido em grande quantia depois que eu sofri uma situação que nenhuma pessoa no mundo, nem mesmo a pior delas, mereceria: a traição. No meu caso, de uma pessoa que foi minha amiga por uma década.
    Parece loucura imaginar que um Rider com temática escolar, com direito a uniformes, grupinhos e alunos típicos tenha causado esse impacto na minha vida. Mas sim, ele causou. E devo dizer, o mais positivo possível. Eu só não dou detalhes extras do fato que houve comigo porque é uma coisa muito pessoal e que durante um bom tempo me fez sofrer muito e confesso que ainda fez, mesmo que esporadicamente, até muito pouco tempo.
    Fourze conta a história de um garoto que muito bem poderia ser qualquer um na casa da adolescência, aquele tempo de espinhas, desejos, primeiro amor, descoberta do mundo, sofrimento causado pela incompreensão alheia e por aí vai. Coisas que eu vivi porque já tive quinze anos. Hoje estou próxima dos 29 e às vezes sinto falta de quando minha únicas preocupações eram passar de ano e me inteirar de tudo o que acontecia na minha volta. Livros em especial mesmo que eu fosse pobre demais para comprar qualquer um.
    Eu confesso não entender como pode haver gente que não gosta de Fourze. Respeito a opinião, mas não quer dizer que eu seja obrigada a concordar. Porque eu NÃO SOU OBRIGADA a nada, especialmente isso.
    A primeira coisa que muita gente com certeza reclamou, ou ainda vai reclamar, é sobre o fato da série se passar em uma escola. Escola implica muita gente e consequentemente, um grupo de personagens que pode acabar ficando grande demais e atrapalhar o andamento da trama. O que não acontece aqui, devo dizer. A trama anda muito bem obrigada e cada arco envolvendo um zodiart ensinava alguma lição importante. A que eu mais destaco? E que apareceu em praticamente todos os arcos: na maior parte das vezes, uma mão amiga pode fazer toda a diferença, para melhor, na vida de uma pessoa. Apesar de que alguns dos humanos "zodiarts" tiveram que tomar umas pancadas extras para adquirir o siso. (Juízo, para quem não entendeu.)
    Fourze não é apenas uma série com temática escolar e espacial embora essas duas apareçam a todo o momento. Pelo menos na minha opinião, sincera e totalmente passível de questionamento, a real temática dessa série é a amizade, verdadeira e legítima, coisa que anda faltando muito nos dias de hoje.
    Tanto é assim que o principal objetivo do protagonista, um "bad boy" (só no visual mesmo) chamado Gentarou Kisaragi, um menino órfão criado pelo avô que vai estudar na Amanogawa High School, é fazer amizade com todo mundo na escola. Simples, se não fosse realmente complicado. Porque o que adolescentes, na sua maioria, sempre querem, é fazer parte de um grupo. E o Gentarou não parece se encaixar em nenhum possível, já que nem o uniforme da escola atual ele usa. Não colabora que, inicialmente todo mundo acha ele bem estranho, ainda mais quando ele pula de cima de uma ponte para resgatar um bilhete que uma menina entregou para o Kengo Utahoshi, que botou fora o papel.
    Logo nessa cena é que se vê a que veio o protagonista: ele sempre está disposto a fazer a coisa CERTA e deseja que todos enxerguem essa mesma coisa. Claro que isso também não é a coisa mais simples do mundo, ainda mais quando os dois são radicalmente diferentes um do outro. Enquanto o Kengo é mais contido e quase sem emoção, o Gentarou é dono de uma energia quase infantil e uma determinação de pedra em causar o maior impacto positivo possível na vida das pessoas.
    E o Utahoshi é apenas uma das muitas pessoas diferentes que vai cruzar o caminho do protagonista nessa jornada. Cada uma delas com suas complicações, suas dores e sua vontade de serem entendidos e aceitos como realmente são. Devo comentar que a jornada de formação do Kamen Rider Club não é nada fácil, mas no fim, compensa. Geralmente os riders lutam sozinhos, mas aqui, ele tem o apoio incondicional desses amigos que, durante a série, se tornaram tudo para ele. O mundo dele. Que me fez recuperar a fé nas pessoas que eu julguei quase totalmente perdida depois do sofrimento que eu passei, razão pela qual essa série tem um lugar muito especial no meu coração.
    Eu poderia escrever um tratado só falando das formas do KR Fourze, dos poderes e dos vilões, que nessa série se destacaram fortemente como uma gente muito ruim mesmo. Daquelas de fazer a gente xingar aos borbotões, ainda mais quando o egoísmo é a maior fonte dos problemas causados por eles. Se bem que, lá no final, tem uma sacada que eu achei simplesmente genial: se não fossem as ações dos vilões principais e do grande vilão da trama, os personagens não teriam chegado no estágio que estavam naquele momento, teriam? Porque muitas vezes é uma situação de grande dificuldade que nos faz descobrir quem nós realmente somos e o quão melhores podemos ser. Uma jornada que nunca é fácil, mas que precisa ser feita se quisermos evoluir como pessoas.
    Com todo o meu coração eu espero que tudo isso que eu falei seja motivo suficiente para que parem tudo o que estiverem fazendo e assistam essa série.

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